NOITE ESPECIAL
Ecoam no silêncio das manhãs
passos incertos
tirando o brilho à luz das madrugadas
- São seres por caminhos pouco abertos
ou largos, mas de nadas
Tremulam pelos bancos ao relento
num roto cobertor
que deixa passar esp'ranças ocas... vãs...
Apenas as canções na voz do vento
da chuva e do frio, fero, cinzento
embalam as manhãs
nuas de amor
Esta noite, têm momentos de sossego
- um tecto e ceia
Que a Noite de Natal traz mais apego
e a lembrança dá-se
como se a quem se lembra se injectasse
amor na veia
Mas amanhã vai-se o Natal.
Depressa...
Cessa a quadra de encanto e de magia
E ecoarão os passos incertos pelas ruas
onde tudo recomeça
Como se proviessem de almas nuas...
Noite após noite...
Dia após dia...
Joaquim Sustelo
24.12.2010
palavras soltas, desonestas, manchadas
palavras risonhas, modestas, magoadas
palavras de amor, ódio e esperança
palavras de horror, sentimento e abundância
palavras curtas, desordeiras, mentirosas
palavras doces, aromáticas e mal cheirosas
palavras simples, insanas e cruéis
palavras gastas, ocas ou infiéis
palavras mortas, grosseiras, criadas
palavras de silêncio, rameiras ou desenfreadas
palavras de apreço, encanto e gratidão
palavras que sofrem no mais duro coração
palavras, palavras, palavras
de mãos dadas pela força da união
a todos um Feliz Natal
SONETILHO DE NATAL
Nesta quadra que esvoaça
Em que Amor ganha um alento,
Em que o perfume do tempo
As almas mais entrelaça,
Sinto teus passos no vento
E do teu sorriso, a graça...
Há um gesto teu que abraça
Num constante movimento
Vai-se o Natal, ele é breve
Os corações ganham neve
E no teu já me concentro
Nele existe sempre amor
E é por esse fulgor
Que tu me ficas cá dentro.
Joaquim Sustelo
Olá distintos amigos de todo o mundo
NATAL DAS CRIANÇAS
É mais um poema de Natal declamado dedicado às nossas crianças
em cuja inocência transparece o verdadeiro sentido do Natal.
Veja e escute o poema Natal das Crianças aqui neste link:
http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Natal_da_Crianca/index.htm
Euclides Cavaco
cavaco@sympatico.ca
Aceite o meu convite e venha tomar comigo um cálice de poesia.
Entre por aqui na minha sala de visitas e saboreie da que mais gostar...
www.ecosdapoesia.com
Olá amigos especiais
SEMPRE NATAL
É simplesmente mais uma afirmação em jeito de poesia, salientando
que NATAL pode ser todos os dias quando o queiramos fazer.
Ouça e veja este tema em Poema da Semana ou aqui neste link:
http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Sempre_Natal/index.htm
Euclides Cavaco
cavaco@sympatico.ca
Aceite o meu convite e venha tomar comigo um cálice de poesia.
Entre por aqui na minha sala de visitas e saboreie da que mais gostar...
www.ecosdapoesia.com
(Acróstico)
Vivem-se tempos difíceis
Operam-se transformações...
Tira-se ao pobre o que tem
O pouco que o pobre tem
Sacrificando-lhe os sonhos!
Deixem que chovam sorrisos
E cresçam cravos de esperança!
Façam calar os trovões
Enquanto o sol não desperta!
Lancem balões com poemas
Icem bandeiras com flores e
Zarpem rumo ao amor.
Não matem versos nem trovas
Antes que bocas os cantem!
Tragam nos olhos verdades
Antes que a noite as apague com
Làgrimas de falsidade.
Pensem na vida e na luz
Antes que a vossa se vá;
Rezem a Deus se souberem
Amem o mais que puderem!
Tenham nos pés a certeza
Onde e o que querem pisar...
Dedos que apontem mas saibam
O ponto certo a apontar
Sem recear os algozes que, à força, os possam cortar.
Vivam a vida! Deixem-se seduzir pelo espírito natalício e
Ousem sonhar antes que os sonhos vos roubem porque, como disse o poeta, o
Sonho comanda a vida, a vida é palco de luzes e Natal sempre que a gente quiser!
Albertino Galvão (Natal 2010)
(Restaurante VaVa, almoço de Natal de 2009
Carlos Cardoso Luís, Maria Ivone Vairinho, José Geraldo)
Veneno, maldade, guerra,
Consumismo, lutas, vaidade.
As doenças que há na terra,
Minam a humanidade,
Geram a paz doentia,
A ira, a monotonia.
O sacrifício, a miséria,
O altruísmo, a incerteza.
A prostituta, a mulher séria,
O enfeite da burguesa.
Que despreza tudo e todos,
Seus caminhos são rios, lodos.
Vivamos com amizade,
Sem pisar o semelhante,
Na maior simplicidade,
Tudo é mais gratificante.
Cultivemos o bem em vez do mal,
E todos os dias serão Natal.
Carlos Cardoso Luís
Dá-me a tua mão...
serás consolação
nas minhas fragilidades.
Comunga comigo
o zunido das vespas,
ajuda-me a despir
as banalidades.
Serás minha tábua
na transformação,
afluirá em mim a essência,
a transparência...
como azeite
no cimo da água.
E será Natal!
As correntes,
as antigas vestes
manchadas do mal,
serão lançadas nas celhas.
Vestirei o manto
branco das neves
debroado a verde pinho,
e ambos sorveremos
o mel das abelhas.
Contigo de mãos dadas...
seguindo as estrelas,
cantaremos um hino
junto ao presépio
do despido menino!
Oeiras, 2010-12-15
VIRGÍNIA BRANCO